HISTÓRIA
1. LEGALIZAÇÃO DA ADDCA
Decorria o ano de 2003 quando a ideia de criar uma associação relacionada com a dor começou a germinar. Este conceito resultou de vários fatores, entre os quais a dor ter passado a ser considerada uma doença a nível internacional e, em Portugal, este tema começar a ser divulgado. Só com vontade e determinação de um pequeno grupo de pessoas com dor crónica, utentes da Consulta de Dor do Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada (HDES), a associação conseguiu traçar um caminho.
Seguiram-se reuniões com a Administração do HDES para dar conhecimento desta iniciativa e com a Médica responsável pela Unidade de Dor. Constituiu-se uma Comissão Organizadora que definiu os objetivos, as finalidades, os estatutos e o local da sede.
Foram selecionados três nomes para designar a associação, remetidos para o registo notarial em Lisboa e confirmado o nome “Associação de Doentes de Dor Crónica dos Açores”, cuja sigla é ADDCA, resultante das iniciais do nome da associação. No dia 28 de outubro de 2005, procedeu-se à escritura no Cartório Notarial de Ponta Delgada, a cargo do Doutor Jorge Manuel Matos Carvalho, da primeira Associação de Doentes de Dor Crónica em Portugal, também a segunda na Península Ibérica.
Posteriormente, solicitou-se uma reunião com o Instituto da Segurança Social a fim de integrar a ADDCA como uma IPSS, sem fins lucrativos, cujo registo foi efetuado nesta Instituição nos termos do artigo 12º, Portaria 71/84, dezembro de 2005 no livro das Associações sob o nº 92 a folhas 99. No dia 10 de dezembro de 2005 tomaram posse, pela primeira vez, os Corpos Gerentes para dirigir os destinos da ADDCA durante três anos.
Desde essa data até aos nossos dias, foram vários os dirigentes da ADDCA por razões diversificadas: fim do mandato, motivos pessoais, alternância de função, tendo em conta os interesses da ADDCA.
Todos os elementos que exerceram funções nesta associação, fizeram-no com sentido de cidadania, pondo, muitas vezes, o valor associativo acima dos valores pessoais, empenho e dedicação pelos valores que defendemos, pelos objetivos a que nos propusemos e pela responsabilidade que assumimos institucionalmente.
2. PROJETOS REALIZADOS
Além do investimento no funcionamento do Centro Comunitário de apoio a doentes de dor crónica, a ADDCA tem organizado Workshops, Seminários, Conferências, Congressos para informar e sensibilizar os utentes, cuidadores, familiares e sociedade em geral para a problemática da dor crónica.
Foram efetuadas parcerias e apoiados Projetos internacionais, que levaram a ADDCA a ser admitida na Pain Alliance Europe desde 2016. É de salientar, também, desde 2012 a representação da ADDCA na Plataforma Europeia SIP (Impacto Social da Dor), no Grupo de Interesses de Eurodeputados sobre os Direitos dos Doentes e Cuidados de Saúde Transfronteiriços, desde 2013 e no evento internacional Cem Cidades Contra a Dor da Fundação Italiana ISAL, desde 2014, em parceria com a Câmara Municipal de Ponta Delgada. Em 2019, a ADDCA foi uma das 10 associações de doentes fundadoras da Plataforma SIP Portugal. Esteve sempre no horizonte o desejo de ajudar, acompanhar, aconselhar e sensibilizar os doentes que sofrem de dor crónica. Sabemos que a dor pode não ter cura, mas tem tratamento. Ao ser atenuada, alivia o sofrimento e melhora a qualidade de vida dos que dela padecem.
3. FUNCIONAMENTO
A ADDCA é regulada pelos seus Estatutos e Regulamento Interno e podem inscrever-se sócios e voluntários de todas as Ilhas do Arquipélago dos Açores e Continente português. Independentemente da nacionalidade são bem-vindos todos os que, segundo os princípios orientadores da ADDCA, connosco quiserem colaborar e estabelecer parcerias.
No plano estratégico, orçamental e logístico deve ser realçada e evidenciada a importância e o empenho do Instituto da Segurança Social, da Câmara Municipal de Ponta Delgada e das Juntas de Freguesia de São Pedro, de São Sebastião, de S. José e de algumas instituições públicas e particulares que, ao longo dos anos, têm contribuído, com grande relevância, para uma associação mais informada, adequada e confortável para os associados.
Todos os sócios, funcionária administrativa, animadoras socioculturais e voluntários, técnicos ou não, foram importantes para a manutenção, desenvolvimento e crescimento da ADDCA.
